Vídeo mostra
casamento que foi bancado com Lei Rouanet em Jurerê Internacional
POR WALDIR JUNIOR DE SAVADOR/BA
FONTE: EXTRA
A operação que descobriu um esquema de fraudes na Lei Rouanet, da Polícia
Federal, encontrou até um casamento bancado com dinheiro público desviado. Os
noivos são Felipe e Caroline Amorim - de acordo com a PF, Felipe seria filho de
Antonio Carlos Bellini, dono da Bellini Cultural, apontado como cabeça do
esquema. Bellini e a mulher foram presos em São Paulo pela Operação Boca Livre, deflagrada nesta terça-feira
(28).
|
Caroline e Felipe Amorim: casamento bancado por desvios da Lei
Rouanet, de acordo com a PF
(Foto: Reprodução) |
O inquérito da PF inclui um vídeo com imagens da luxuosa cerimônia de
casamento, que aconteceu no espaço Beach Clube, na exclusiva praia de Jurerê
Internacional, em Florianópolis. O vídeo mostra a comemoração regada a taças de
champagne, DJ, centenas de convidados e ambientação cara. O sertanejo Léo
Rodriguez fez o show.
"Nós vimos a gravação de um vídeo do casamento, uma festa boca
livre que nós pagamos. No meu casamento, eu paguei. Por sinal, fiquei pagando
um ano ainda. Nesse casamento, o senhor pagou com a Lei Rouanet um hotel cinco
estrelas em Florianópolis com direito a vídeo gravado. Nós achamos que tivessem
sido contratados modelos para fazer o vídeo. Eram os convidados mesmo,
champanhe sendo aberto e isso com a Lei Rouanet", declarou em coletiva o ministro
da Justiça, Alexandre de Moraes.
Segundo o Extra, os noivos se conheceram há cinco anos na Argentina.
Depois, engataram um relacionamento à distância - ela morava em Boa Vista,
Roraima, e ele em Florianópolis. Ela acabou se mudando para a capital catarinense
e foi pedida em casamento em 2014, durante viagem à Grécia. O casamento
aconteceu 1 ano e oito meses depois e hoje é destaque nas notícias por conta da
operação da PF.
O vídeo do casamento foi divulgado pela PF:
Em nota, o MINC informou
que as investigações para apuração de uso fraudulento da Lei Rouanet têm o
apoio integral do ministério e que “se coloca à disposição para contribuir com
todas as iniciativas no sentido de assegurar que a legislação seja efetivamente
utilizada para o objetivo a que se presta, qual seja, fomentar a produção
cultural do país”.
Segunda fase
Na segunda fase da Operação Boca Livre, o objetivo será descobrir o porquê da falta de fiscalização das fraudes. “Esses projetos já saiam encarecidos [do Ministério da Cultura] com valores estratosféricos”, disse Karen Louise, procuradora do Ministério Público Federal.
Na segunda fase da Operação Boca Livre, o objetivo será descobrir o porquê da falta de fiscalização das fraudes. “Esses projetos já saiam encarecidos [do Ministério da Cultura] com valores estratosféricos”, disse Karen Louise, procuradora do Ministério Público Federal.
“Há um procedimento de
fiscalização, do próprio Ministério da Cultura. São fatos relacionados a 2014.
Nós temos que aproveitar a operação para punir aqueles que desviaram recursos,
mas também melhorar os procedimentos preventivos de fiscalização do dinheiro
público”, disse o ministro Alexandre de Moraes.

Nenhum comentário:
Postar um comentário