Justiça acata
recurso e mantém show de Wesley Safadão em Caruaru
POR WALDIR JUNIOR
DE SALVADOR/BA
FONTE: VEJA
O Tribunal de Justiça
de Pernambuco acatou o recurso apresentado pela prefeitura de Caruaru e manteve
o show de Wesley Safadão no São João de Caruaru, no sábado, 25 de junho,
segundo o site do jornal Diário de Pernambuco. A
apresentação havia sido suspensa por liminar expedida pelo juiz José Fernando
Santos de Souza, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Caruaru, em resposta a uma
ação de três advogados, Angelo Dimitre Bezerra da Silva, Ewerton Bezerra da
Silva e Marcelo Augusto Rodrigues da Silva, que cobrava da prefeitura
justificativa para o alto valor do cachê que foi acertado com o cantor, de
575.000 reais. O trio de advogados afirma haver uma enorme discrepância entre
os valores pagos ao cantor pela prefeitura de Caruaru e pela prefeitura de
Campina Grande, na Paraíba, que teria desembolsado 195.000 reais para contratar
um show de Safadão no dia 1º de julho na cidade. A ação cita o prefeito de
Caruaru, José Queiroz, a presidente da Fundação de Cultura de Caruaru, Lúcia
Lima, a empresa Luan Promoções e Eventos, que administra a carreira do cantor,
e a Alx Entretenimento, promotora da festa.
Ao explicar o recurso, a
Fundação de Cultura de Caruaru alegou que "o entendimento do governo
municipal é de que não há irregularidade ou discrepância na contratação
efetuada com o artista". "Por esta razão, embora não tenha sido
ouvida pela Justiça, usará todos os meios legais para garantir a apresentação
do cantor em função de promover o maior e melhor São João do Mundo, o São João
de Caruaru, e para que a sua ausência não cause um dano irreparável à economia
de Caruaru e região", diz nota da entidade.
Em decisão na noite desta
quarta-feira, o desembargador José Viana Ulisses Filho considerou que a ação
cita um cachê especulativo no caso da apresentação de Campina Grande, uma vez
que o contrato de ainda não foi celebrado, de acordo com o Diário
de Pernambuco. Além disso, o juiz ponderou que Safadão não terá
ganhos com bilheteria, já que o show é aberto, e o cachê pode ser coberto por
patrocinadores. O desembargador, porém, afirma que apenas a realização do show
está garantida, mas que a ação popular, movida pelos três advogados, ainda deve
ser analisada.
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