SALVADOR
Dançarino é morto a tiros e pedradas ao entrar por
engano em território da facção criminosa Bonde do Maluco
POR WALDIR JUNIOR DE SALVADOR/BA
FONTE: CORREIO
Guiado pelo GPS, o
dançarino e produtor Marcos Venício Santos de Jesus, 32 anos, queria chegar em
Vista Alegre bairro do subúrbio de Salvador.. No entanto, acabou parando na
Nova Constituinte, em Periperi, território da facção Bonde do Maluco (BDM),
local onde foi atacado
a tiros e pedradas, na tarde de terça-feira (21).
Segundo uma moradora da
região, ele procurava sem saber uma pessoa ligada a uma facção rival. Marcos
Venício, dançarino da banda Guetto é Guetto, morreu nesta tarde.
“Ele estava de moto e
visivelmente perdido. Perguntou como fazia para chegar em Vista Alegre, porque
tinha que pegar o dinheiro na mão de um tal Jefinho para pagar a banda que
produzia, a Hit Hall’s”, disse a mulher, que inicialmente não reconheceu o
dançarino. “Eu o via com os dreads, mas como ele estava sem, nem liguei o nome
à pessoa. Só alguns minutos depois que o reconheci, quando caído e coberto de
sangue”, contou a mulher ao CORREIO.
De acordo com a
testemunha, por volta das 15h, Marcos Venício entrou na Rua Ana Cristina, que
liga a Nova Constituinte a localidade do Congo. Ele queria sair a logo da Nova
Constituinte e entrou por conta própria na Rua Ana Cristina, onde parou a moto
em frente a um lava-jato. Em seguida, desceu falando no celular,
como se estivesse querendo confirmar o endereço com alguém.
“Então, entrou em um beco,
onde subiu uma escadaria. Foi quando ele perguntou a um grupo de rapazes sobre
um tal de Jefinho e que tinha que pegar uma encomenda na mão dele. Esse Jefinho
é do grupo rival. Ele estava no lugar errado, na hora errada e falado com as
pessoas erradas”, contou a moradora.
Nego Pom foi morto com quatro tiros
(Foto: Reprodução/Facebook)
(Foto: Reprodução/Facebook)
Segundo ela, cerca de
dez minutos após o dançarino entrar na Rua Ana Cristina, os tiros foram
disparados. “Foram bem uns dez que escutei. Entre um disparo e outro, a gente
ouvia ele dizendo: ‘Porque isso? Porque isso?’. Foi terrível o que fizeram com
ele. Quando cheguei para ver, ele estava lavando de sangue e a massa encefálica
exposta por causa das pedradas na cabeça”, relatou.
Procurado, o delegado
Nilton Borda, titular da 5ª Delegacia (Periperi), disse que esta é uma das
versões que estão sendo investigadas. “Essa informação chegou até nós, assim
como outras, a exemplo que o atacaram para roubar a moto, mas não há nenhuma
confirmação de nenhuma versão até agora. Tem que quer bastante embasamento para
falar”, declarou o delegado.

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