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sábado, 11 de junho de 2016

MÚSICA
Música online já representa um terço do mercado nos Estados Unidos
POR WALDIR JUNIOR DE SALVADOR/BA
FONTE RIAA


A iniciativa da Sony de lançar um álbum, exclusivamente em formato digital, é coerente com os rumos do mercado atual. O mais recente relatório da Associação da Indústria Fonográfica dos EUA (RIAA), divulgado no mês passado, mostra que a participação de serviços de streaming, como Spotify, Apple Music e Deezer, saltou de 27% em 2014 para 34,3% no ano passado, batendo os downloads pagos (34%) e as vendas de discos físicos (28%), entre outros.
Beyoncé lançou o álbum virtual apenas no Tidal do marido Jay Z
(Foto: Divulgação)
O número de assinantes dos serviços digitais de música também teve um aumento significativo nos EUA, onde quase 11 milhões de pessoas pagam para ouvir música online. Ao todo, o mercado digital gerou lucro de US$ 2,4 bilhões à indústria fonográfica em 2015, o que corresponde a um crescimento de 29% em relação a 2014.
Por outro lado, os fãs de música parecem não fazer mais questão de ocupar a memória de seu computador com canções: os downloads digitais registraram queda de 10%, para US$ 2,3 bilhões. 
A venda de música em formato físico continua em queda, com redução de 17% no número de CDs vendidos nos EUA. A surpresa é o crescimento na venda  dos velhos discos de vinil, que totalizou US$ 416 milhões, melhor desempenho desde 1988.
Os artistas, no entanto, ainda se queixam do valor muito baixo pago pelas plataformas digitais. Em 2014, Taylor Swift retirou seus álbuns do catálogo do Spotify, alegando que recebia apenas US$ 0,007 (R$ 0,017) por música tocada. Isso significa que, a cada 145 execuções o artista recebia apenas US$ 1. Beyoncé, por outro lado, assinou exclusividade com o Tidal (do seu marido, Jay Z).
Marcelo Monteiro, curador da Novíssima Música Brasileira, acha que, apesar da tendência de crescimento do formato digital, o produto físico, ainda, deve resistir em nichos: “No Brasil, o público de sertanejo ainda compra muito CD. No rock e no independente, as tiragens são menores e os CDs  chegam para imprensa e fãs que gostam do produto físico . Acho que o futuro pode ter um percentual de 60-30-10 (digital-CD-vinil)”.

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